terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Piano

Estava caminhando pelas montanhas de um lugar muito bonito, quando vejo a casa que meus pais estavam comprando. O processo de compra já estava quase finalizado, faltavam detalhes, mas tudo o mais estava certo (isso eu sabia ! ). Um dos pontos da negociação, era a casa que eles tem atualmente. Fui direto pelo caminho que levava à casa, que ficava em um dos pontos mais altos da região, a casa não tinha outras nas proximidades, pelo menos não era visível. Parecia um casarão solitário no alto de uma colina, com uma vista incrível !!

Lugar adorável.

Entrei na casa, ela enganava, de fora, parecia normal, não muito grande, mas por dentro, era gigantesca, perdia-se facilmente lá dentro. Várias escadarias podiam ser vistas, o hall era enorme. Comecei pelas escadas, queria procurar os quartos (o meu?), no meio do caminho parei, não chegava a lugar nenhum, olhei pelo corrimão, tinha muito ainda a subir, e muito a descer, o jeito era entrar naquele corredor todo branco e com alguma janelas (nesse momento, lembrei-me das escadas de Hogwarts, que se movimentavam), no corredor, não andei muito, parei num "pequeno" hall que ali havia, com algumas portas, uma janela ao alto, um piano preto ao canto e um busto masculino (branco) em outro canto.

Claro que parei para admirar o piano, sempre quiz um, só que aquele piano, parecia ter vida! Ele estava sangrando, havia uma grande poça de sangue abaixo dele, o que fazia um contraste com o branco do ambiente. Toquei no vermelho, certifiquei me era sangue, ouvi barulho de gente se aproximando, corri para olhar pelas escadas, não vi ninguém chegando. Olhei com desconfiança para o busto mudo, nem um movimento, porém, ele parecia me acompanhar com os olhos...

O som de vozes se aproximava mais, eu não tive dúvidas, peguei comigo (em algum lugar, mas tava comigo) minha varinha, e consagrei o busto (!?!?!?!?!?) "Pelo poder a mim concedido...". Uma porta se abriu, algumas pessoas entraram, pararam de falar imediatamente, olharam para mim, eu as conhecia, mas não sei quem eram, me disseram que cuidariam dele (o piano) e que logo estaria "novo". Num piscar de olhos, eu estava na estrada novamente, e contava a algumas pessoas o que havia visto e o que havia acontecido...

Paraiva no ar, a dúvida se a casa seria mantida em seu estado original, ou se seria modificada...

Ps. olha eu sonhando com casa de novo!!

2 comentários:

Divinius disse...

Encontra dos teus gestos as palavras da tua vida...)

Anônimo disse...

Amiga Freya,

Desculpe a ausência.. Estive sem conexão por um longo tempo, hoje finalmente consegui fazer um "wireless" de dentro do ônibus.

Mas vamos ao piano.

Que bela casa essa da colina hein! Ótima aquisição de seus pais. Que sensação de paz, isolamento e liberdade... Já vi os dois primeiros aspectos antes, numa certa caverna, mas a segurança da caverna parece ter sido trocada pela liberdade iluminada de uma colina! (quem precisa de caverna qdo se tem as asas dos pais para estar..). Mesmo assim é um ótimo sinal. Ainda mais quando se trata de uma colina alta que te dá um campo de visão enorme cheio de caminhos livres. Que ótima sensação. Definitivamente um lugar adorável. Aliás, os aspectos de fora refletem-se também dentro da casa. A grandeza da colina torna-se um enorme espaço interno, a altura da colina torna-se infinitas escadas e a magia de uma casa isolada na colina também se faz presente na magia que parece movimentar as escadas de hogwards.

Comecei pelas escadas, queria procurar os quartos (o meu?)
Claro q sim! O seu!!! Não era tudo q vc queria? Nao, não estou falando do quarto.. estou falando da segurança, da liberdade e do espaço que vc teria ali. Qdo morava com seus pais, bem ou mal vc tinha não é? Ainda morar com seus pais numa casa dessas, isolada! Maravilha!!!
Pena q vc percebeu, no meio do caminho, que ainda tinha muito a subir, ou muito a descer.. parou, e teve que fazer uma escolha.

Claro que parei para admirar o piano, sempre quiz um
Sempre.. desde pequena.. um piano era muito importante para mim.. foi um de meus sonhos de infância. Naquela época eu podia sonhar em ter um piano... mas hoje, tenho prioridades.
O piano estava sangrando. Mas ele já estava assim qdo cheguei!! Não foi minha escolha! Eu nem tive a chance de escolher!
Aquele busto parecia me observar. Não gostei! Mas ele é só um busto... uma representação de alguém importante para a sociedade. Não pode levar a culpa...

O som de vozes se aproximava mais, consagrei o busto.
A escolha já havia sido feita, mas antes que alguem chegue, melhor eu formalizar esta escolha, para que ninguém fique em dúvida... Afinal, eles não podem nem imaginar que eu queria mesmo era "salvar o piano"...
pessoas entraram, eu as conhecia, me disseram que cuidariam dele (o piano) e que logo estaria "novo" Que bom. Aquelas pessoas cuidarão do meu piano... Fico mais aliviada em poder deixar algo importante para mim nas mãos de pessoas que conheço. Eu as conheço, sei que vão cuidar... afinal, eu também faço parte deles... e também cuidaria do piano de alguém que precisasse... talvez, da meia-noite às seis... e se nao "desse tempo" eu diria "veja você.. eu nao tive tempo nem de cuidar do meu!"

Num piscar de olhos, eu estava na estrada novamente
*Cantando*
To-do-dia é assim
Tempo quente, pé na estrada
Tô seguindo o meu caminho
Já parti pro tudo ou nada

Será que todo dia vai ser sempre assim?
(...)
Tô fazendo a minha história
E sei que posso contar
Com essa fé que ainda me faz
Otimista até demais

Que bom que todo dia vai ser sempre assim!
Que bom que todo dia vai ser sempre assim!

Ná-ná-ná-ná-ná-ná.. Ná-ná-ná-ná-ná..
Ná-ná-ná-ná-ná-ná.. Ná-ná-ná-ná-ná..

Sempre assim...

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