sábado, 20 de novembro de 2010

a bolsa

Estava eu e mais algumas pessoas, entre conhecidos e estranhos, preparando bolsas e malas para uma viagem, pelo visto seria longa, mas eu não sei ao certo aonde seria, mas era uma comemoração. Eu ajudava as pessoas com suas bagagens, e quando estávamos quase todos prontos, percebi que faltava a minha. Claro, eu havia me esquecido, algumas coisas já estavam jogadas na minha bolsa, que estava cheia de coisas, abarrotada, eu ia deixá-la assim, não havia tanto tempo, até que vi uma bolsa lilás, linda (me chamando, srrsrs), e então decidi transferir todas as minhas coisas para ela. A bolsa parecia menor, mas conforme a enchia, mais espaço aparecia, sempre havia lugar para um item esquecido, e assim, preparei a minha pequena grande bagagem... uma bolsa lilás...

Chegamos a um lugar, o transporte nos deixou em uma bifurcação. A pé, decidimos tomar o caminho da esquerda, a estrada era de terra, e haviam postes de luz de tempos em tempos, a noite já havia chegado... caminhamos por pouco tempo, e logo chegamos a um casarão, no meio da mata, chegamos ao nosso destino, mas não ficamos, fomos explorar o redor. Subimos por uma outra rua, e logo chegamos ao topo, aonde havia um espaço, com algo que parecia um quiosque, com uma mesa posta, com comes e bebes em fartura. Alguns logo se sentaram para aproveitar a hospitalidade, eu continuei olhando para o lugar e seus detalhes, comecei a servir algumas pessoas, eu conhecia o lugar, não comi, e voltei a andar, por outro caminho, ainda noite. A rua era de terra, com árvores dos dois lado, pareciam antigas, eram muito altas, maiores que os postes de luz, parei em uma outra bifurcação, e novamente decidi ir pelo caminho da esquerda, no fundo, sabia que os dois levariam ao mesmo lugar, o que mudava era a distância, eu sabia que tinha escolhido o caminho mais longo, diferente da primeira vez (quando acompanhei o grupo, todos optaram pelo caminho mais curto). Comecei a caminhada, observando todos os detalhes, desde o poste de luz e imaginar quem o teria colocado, até o cheiro da mata e seus ruídos noturnos, alguns familiares apareceram, e me acompanharam pelo caminho, quando novamente cheguei ao casarão, com um nome: Guaxindu (ou algo parecido), esse era o nome do lugar. Nesse momento despertei...

sábado, 30 de outubro de 2010

A Montanha

A mulher caminhava lentamente, seguia pela estrada de terra, não sabia exatamente para onde, a única coisa que a impelia a seguir era exatamente isso: não saber. Estava há um tempo sufocando em sua vida chamada normal, estava adoecendo mas poucos entendiam, a maioria das pessoas achava que era uma frescura e que aquilo logo passaria. Ela fingiu aceitar os fatos, e fingiu estar bem, ser feliz, mas seu coração, sua alma, clamavam por algo diferente do que estava vivendo, seu íntimo dizia que aquilo não era viver, e sim apenas sobreviver, ela sabia que possuía apenas uma sobrevida que não vinha a ser nem a sombra do que gostaria. Um dia tomou coragem, resolveu caminhar para outro lado. E nesse ponto a encontramos, no meio da estrada, no fim do Inverno.

Continuou a caminhar por algumas horas, até que seu coração a pediu para parar, buscou ao redor, e próximo de onde parou, encontrou uma trilha que parecia levar para a montanha próxima, não era uma certeza,  apenas um risco, poderia simplesmente não levar a lugar nenhum, mas, para quem não sabia o que buscava, lugar nenhum pode ser muita coisa. Seguiu a trilha, já começavam os primeiros sinais da noite, mas ela seguia adiante, sua única bagagem, uma mochila, carregava apenas comida, água, e uma manta fina, tudo para não pesar ou atrapalhar, a viagem estava programada para ser longa, portanto, deveria seguir o roteiro de parar nas cidades de tempos em tempos para adquirir mantimentos. Não se importou com isso, seu coração pulava perante o desconhecido, estava exultando por sair do caminho que todos percorrem, a trilha parecia não ter fim, voltar naquele momento seria desistir, e isso já havia marcado sua vida e mesmo que fosse o melhor a fazer, ignorou completamente, não podia deixar para traz, levaria essa experiência para o resto de seus dias e carregaria consigo a dúvida do que teria sido. Mesmo que a trilha a levasse mais rapidamente para o resto de seus dias, estava decidida a seguir em frente.

A noite caiu rapidamente, sua única iluminação era uma lanterna e as estrelas, a lua minguava no céu, despedindo-se para seu recolhimento. O som da mata, transformava sua caminhada em algo sombrio, e suas pernas pediam descanso, havia iniciado a subida já fazia meia hora, e a mesma mostrava-se cada vez mais íngreme. Seu redor não era convidativo para um descanso, uma maçã rolaria simplesmente se apoiada no chão. Sua esperança naquele momento, era encontrar ao menos um lugar em que pudesse sentar-se sem correr o risco de cair no sono e sair rolando. Às vezes, a dificuldade do caminho tem mais valor que o final, lembrou-se de Ítaca e um famoso poema. Isso deu forças para continuar seu caminho. Lembranças passavam em sua mente como um trailler, iam e vinham, boas ou ruins, felizes ou tristes, sem ordem alguma, apenas vinham e partiam. Lembrou-se do dia do nascimento de seu filho, desde o momento da primeira contração até ouvir seu choro, os ruídos da noite intensificavam as lembranças, era algo como se a pudessem ver e compartilhavam seus sentimentos. A subida foi se tornando mais amena, conseguiu enxergar mais, parecia que a trilha crescia, parecia virar uma estrada, até que findou em uma clareira no alto da montanha, não era grande, mas parecia o quintal de uma caverna que ali aparecia, apenas via sua entrada, tudo estava escuro. Teve medo, algo poderia estar ali, algo poderia não ser amigável, algo poderia finalizar sua jornada antes do planejado, poderia não ver mais o rosto de seu filho, de seu amado. Nesse momento sentiu saudades da vida que tinha. O ruído de uma coruja ao longe a fez voltar a si, e recordou os motivos porque ali estava, e assim, decidiu seguir, mesmo que fosse seu último passo. A caverna não parecia habitada, afinal, quem ou o que caminharia até ali, se bem que o lugar convidava. Não seria necessário descer e subir todos os dias, talvez o alimento ali subisse vez ou outra.

A noite começava a dar indícios de inverno, prometia ser fria, como todas suas lembranças, que pareciam acompanhá-la por todos os lados que olhava, a caverna parecia chamá-la, como se fosse um local familiar, onde um dia esqueceu os chinelos e naquela noite resolvera buscar, sem aviso algum, pois estava simplesmente retornando ao lar de férias.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novos Vizinhos

Estava com meus pais, e eles haviam acabado de comprar um apartamento enorme. Eu estava junto para conhecer a nova aquisição. Passeamos pelo bairro, e paramos num restaurante próximo que todos conheciam como Restaurante do Onça, os pratos principais tinham como base frutos do mar e tinham uma aparência ótima. Apesar de toda escolha, nada comemos, apenas tudo embrulhado e assim seguimos para o prédio. Quando chegamos, sua imponência agradava a qualquer transeunte, era um prédio admirável, ao entrarmos, não fomos direto, paramos no vizinho, era primeiro ou segundo andar (esse detalhe eu esqueci). Eles precisavam ser simpáticos com os vizinhos antes de se acomodarem em seu novo lar. Fomos atendidos por um casal simpático e hospitaleiro, a comida foi desembrulhada, e a quantidade era muito maior do que eu havia visto ser embrulhada no restaurante.

Após as devidas apresentações, a entrada começou a ser servida, pareciam camarões em taças, eu parei de dar atenção à comida, e fui visitar a casa, era um loft, meus pais haviam adquirido o do quinto andar, e o quarto andar estava vazio. A decoração era detalhada, e chamava atenção por seu requinte, arandelas emolduravam as paredes de tal forma que fui ver mais de perto, e qual a minha surpresa que na parede havia um painel de madeira, pude ver que nele estava gravado de forma cronológica toda a história dessa família, tal como uma árvores, e no final, apenas o nome do casal, e abaixo um espaço, para que sua história fosse gravada por seus sucessores.  Não me lembro do nome do homem, apenas de sua data de nascimento 19/02/1980, já da mulher, guardei seu nome "Mairine" e sua data 09/10/1979. Ver esse mural me impressionou, além do fato de o casal ser totalmente estranho para mim.

Ps. Uma pena ter esquecido o nome dele, mas já achei interessante que o nome dela exista e possua um significado

terça-feira, 11 de maio de 2010

Saudade sem lágrimas

Tive este sonho no domingo do dia da mães, a data explica algumas sensações...
Estava entrando numa casa, e rumava para o quintal, onde sabia que todos estavam, era um encontro de família, ao passar pela última porta, vejo minha avó parada, com um vestido conhecido e um sorriso no rosto. Como nos outros sonhos com ela, após sua passagem, apenas eu conseguia vê-la. Fiquei muito feliz, não cabia em mim, fui abraçá-la, desejei-lhe feliz dia das mães, e comentei o fato de que fazia tempo que não nos víamos (em sonho mesmo). Adorei a visita surpresa, não estava esperando, acho que de tanta felicidade do reencontro, ela falou (em outras ocasiões era apenas uma troca de olhares ou pensamentos). Guardo suas palavras como o nectar da mais rara flor: "Vim para te ensinar uma coisa".

Após dizer isso me conduziu para o fogão, onde ela comandou, acendeu o fogo e começou a falar de sua infancia. O fogão era antigo, desses que morro de medo de ligar, só funcionam com fósforo, senti o alívio dela estar ali, e realizou a tarefa com a maior simplicidade. Ela contou que sempre fazia isso quando ia receber, e que quando sentia saudades, fazia apenas pelo prazer da realização. Uma cebola foi descascada, e eu apenas observando, uma panela foi preparada com azeite extra-virgem (não estou exagerando nos detalhes, sentia o cheiro), e no seu tempo, as rodelas começaram a gritar em contato com o calor do azeite. Enquanto fritava, ela mencionou seu tempo antes de vir ao Brasil, e seu tempo de solteira, cuja lembrança era mais forte, lembranças que já não faziam mais parte de seu ser, a liberdade, a nostalgia, o agora lhe eram diferentes. Algumas coisas eu me impressionava, riamos, percebi o quão pouco a conhecia, também, 15 anos não é absolutamente nada, comparados com 80. Acordei feliz, pelo abraço, pela conversa, e meu filho me dizendo que na tv dele já era dias das mães.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O Louco

 
Caminhava apressadamente sem saber aonde iria chegar, quando sem muito aviso a trilha mudou seu curso, levando para o Leste. Parei, quando avistei o vale, a descida era íngreme, e minha motivação não era descer por ali tão rápido como estava cursando o caminho até então.

Fiquei ali por um bom tempo, talvez dias, avaliando o quão trabalhosa seria a descida, depois teria que atravessar o vale, não podia ver como seria a trilha quando chegasse ao fundo. Ali onde estava, poderia ser simplesmente o final, ou se meu coração pedisse, podia transformá-lo em um novo começo.

Luas se passaram, a trilha que descia ao vale estava sumindo em meio a vegetação que ali crescia na Primavera, mas o local onde estava era seguro, possuía várias rochas, e algumas formavam galerias que levavam a cavernas, ótimo abrigo para o Inverno. As castanhas eras colhidas e guardadas para o frio, algumas frutas viravam compotas, o lugar era cômodo, seguro, mas algo faltava. A visão da trilha, incomodava, evitava olhar para ela, como se ela indicasse uma derrota pela caminho não seguido. Corri tanto, para parar ali?

O caminho teria que ser iniciado novamente, pois aquele não era o fim sonhado.

Foi em uma manhã fresca de Outono, época em que a trilha voltava a ficar vísivel novamente, seu tom amarelado a tornava atraente, quando tomei uma decisão: sairia dali na próxima lua crescente, teria várias noites claras pela frente, chegaria ao final da trilha antes do Inverno. Algumas coisas foram organizadas as pressas, mas não havia tempo. Seria loucura iniciar o caminho de tal modo, mas era loucura parar ali por tantas estações. Meu coração bateu aliviado estava feliz em voltar a viver.

Minha alegria começou no dia da descida,  não fazia idéia do que encontrar, e era exatamente isso que tornava a viagem interessante. Muito foi deixado para trás, levava em minha bagagem apenas o essencial, pães e geléia, água, cobertor, um punhal, e claro, alguns grãos de café... deveria seguir o caminho do rio, mas não podia ver se ele acompanhava a trilha toda, o importante, era deixar para trás tudo que pudesse atrapalhar a viagem. Entregue ao desconhecido, loucura seria não seguir adiante.

Feliz! O caminho voltou ao seu início novamente, quem disse que seria fácil? Íngreme, rochas soltas, a vontade de voltar, lama, escorregões... quem saberia o quanto duraria... seguir, neste momento, era a única meta.

Deixe-me em minha insanidade, ou partilhe dela comigo, o cálice deve estar vazio, para ser preenchido novamente.

Gatos no caminho

Estávamos com bicicletas, eu, meu irmão, e mais algumas crianças, dentre elas, o Gi e uma garotinha de cabelo cacheado e blusa rosa. Ela mais falava e corria na frente de todos (as crianças não estavam de bicicleta). Estávamos fazendo o mesmo caminho, todas as vezes passávamos nos mesmos lugares... era o bairro de minha infância, mas as ruas eram de terra, o que dificultava o caminho em alguns trechos... após o contorno de uma pracinha, havia uma subida com muitas valetas, várias vezes subi empurrando, mas depois consegui subir normalmente, após isso, era passagem obrigatória passarmos dentro de uma casa 'abandonada', onde havia um salão, e duas portas que levavam a mesma sala. Ouvimos miados, e decidimos abrir as portas para salvar os gatos. Uma das portas não abriu, mas a outra abriu facilmente.

O ambiente que vimos estava escuro, mas víamos olhos brilhantes olhando na direção da porta aberta, eram gatos, diversos, em tamanhos e cores variadas. Subiam e desciam nos moveis que ali havia, parecia uma antiga sala de jantar com uma uma mesa grande, mas sem cadeiras, apesar de escuro, passei a ver e sentir os gatos, brincando em meus pés e pernas. Os gatos pareciam saudáveis, ao contrário do que imaginávamos, pois a casa estava fechada. Começamos a procurar outra saída naquela sala, e mais ao fundo, uma porta que não fechava mais, apontava para uma escada, aonde encontramos uma janela ao alto. Saímos por ali, voltamos as ruas de terra, e a andar de bicicleta, passamos por uma escola, com várias crianças brincando no parquinho, e fazendo algazarra. Nossas crianças, não quiseram ficar ali, queriam voltar para ficarem com os gatos.

Continuamos em frente, mas como disse, o caminho era cíclico, e voltamos ao mesmo lugar, a praça, a ladeira com valas, e a casa novamente. Chegamos com comida para os gatos, encontramos outras saídas, passamos pela escola, que ficou vazia, o caminho ficava diferente, mas sempre levava ao mesmo lugar, a praça, a ladeira, valas maiores, e a casa, com mais gatos, quando comecei a contá-los, acordei...

terça-feira, 16 de março de 2010

Eremita


Fui atrás de conhecimento, e minhas descobertas apontavam para um lugar, que ainda não conheço. Consegui chegar, ao que parecia um parque, poucas árvores, alguns bancos, estava vazio, pouquíssimas pessoas circulavam por ele. Identifiquei meu contato, e o segui de longe, era um jovem, não via mais do que sua silhueta, apenas sabia que deveria seguí-lo. Estava ali para isso, havia pedido por isso. (não pergunte !!).

Quando o rapaz parou, consegui me aproximar, mas mesmo assim não o vi, ele montava um ambiente sagrado, juntava objetos mágicos, lembro-me bem da taça e do athame. Eu apenas olhava, sentei o mais próximo que pude, e esperava novas instruções. Apesar de observar atentamente, sem que eu notasse, ele retirou uma lâmina do tarô e me entregou, sem palavras, apenas nos entendemos com o olhar, toda a simbologia já dizia tudo. O arcano que me foi entregue: o Eremita. Observei o por segundos e o trouxe para a 'minha' realidade, tentei guardar/trazer o mais que pude, mas a única coisa que continuava martelando, era o arcano em minhas mãos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Praia

Desembarquei de um ônibus na areia da praia, lá encontrei alguns amigos, e ali estavam o Wolf e o Val, estava cedo e teríamos que esperar pela chegada dos outros. Por estarmos na praia, imaginei que seria uma iniciação.

Sentamos em direção ao mar, estava calmo, era noite, estava escura, sem lua, algumas estrelas, mas nenhuma se destacava, a brisa estava suave, e o cheiro do mar trazia saudades. Enquanto eu 'viajava', Wolf apareceu com um bolo (nem pergunte aonde estava!), eram um daqueles bolos que substituem panetones, para quem não gosta de panetone. Parecia que o bolo havia chegado em boa hora, estava macio, e ainda posso sentir a doçura do açúcar de confeiteiro no qual ele é rodeado. Acho que acabamos com o bendito bolo, conversa vai conversa vem, Wolf não estava tranquilo, parecia inquieto, mas nada disse, e nada perguntei.

Quando o vento começou a ficar mais forte, o Val chamou nos ao longe, ele estava acompanhado de um pastor alemão enorme, mas parecia manso, e começou a correr em uma dada direção. Sabíamos que era por ali que deviámos ir, porém, foi como se uma cortina de água nos impedisse, e uma chuva forte caiu sem dó, não consegui mais enxergar para onde deveria ir, o mar estava ficando agitado, e na tempestade corremos na direção que parecia oposta ao mar. A chuva estava gelada, e neste momento tive receio de não conseguir chegar aonde queria.

Acordei preocupada.

Perdidos

Freya e seu grande amigo Wolf dirigiam se ao sabá que ajudariam a conduzir no lugar de costume, não era Samhain contudo era de igual importância. Rumavam ao costumeiro clube de campo, mas, para dar realidade ao sonho, se perderam no caminho e um desvio que devia ser idêntico ao correto os confundiu.

Sem perceberem, continuaram seguindo até que a estrada acabou, e bem, não era exatamente o esperado. Depararam com uma antiga casa, e como estavam com tempo, decidiram que não haveria mal algum em checar o local. Tudo parecia abandonado, o que os motivou a 'xeretarem', e até mesmo a entrarem na casa. O estranho foi ao passarem pela porta, onde tudo tomou vida, a casa parecia ter sido deixada pelos donos que voltariam a qualquer momento, o fogão a lenha esquentava água, e de seu forno exalava um cheiro de pão quase pronto. Galinhas e outros animais domésticos andavam pelo terreno que ganhou vida como num passe de mágica. A mesa no que parecia uma sala de jantar emendada à rústica cozinha, deixando claro o ar de interior, com seus longos bancos ao redor, estava posta, como quem espera uma visita. Flores frescas enfeitavam o lugar e o perfumavam. O rangido da escada despertou os visitantes, na verdade intrusos, que espantados viram um garoto de muletas descendo por elas. Ele sorria e disse que estavam apenas nos esperando. (Como assim? Quem estavAM?)

Pela cozinha, antes vazia, um casal já com certa idade apareceu, retirando o pão do forno e o colocando à mesa, assim como o aromático chá. Duas outras crianças chegaram, com sua alegria e zuação e logo se sentaram; espantados, mas totalmente acolhidos, sem esforço algum, o tempo foi esquecido. Apesar de parecer que apenas alguns minutos haviam se passado, no momento em que lembraram que deviam estar em outro lugar notaram que tinham apenas 10 minutos. A família não podia ajudar, nosso destino lhes era estranho, nos despedimos.

De volta a estrada, a casa, bom não sei, a recomendação de não olhar para trás foi atendida, Freya com toda tecnologica propos usarem o GPS. Claro, seria útil, para o caso de saberem o endereço de destino. Freya sabia que estava no convite, em algum lugar, mas... acho que joguei meu filho da cama /o\

(Como ele apareceu aqui??)
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