segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Da onde vem os sonhos?

Alguém lembra desse episódio?

Lembro-me de ter experimentado a técnica sugerida, e realmente funciona. Agora, só me resta lembrar de fazer isso hoje em dia, e lembrar que quero olhar para as minhas mãos!!



Bons sonhos

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sombras da ternura

Observava seu protegido de longe. Em tempos esquecidos, seguia ao seu lado, hoje ele ignorava sua existencia. Mesmo assim o amava, e sempre o protegeria quando pudesse. Muitas, muitas vezes precisou ouvir sem poder responder mesmo com uma simples explicação, de que não podia ajudá-lo em tudo. Gostaria muitas vezes de ter entrado em sua frente em alguns momentos e salvá-lo de quebrar uma perna, alguns dentes, arranhões, decepções... Não podia! Ele precisava entender: não se vive a vida do outro.  Acredite, dói muito observar sem nada poder fazer, mesmo sabendo que assim talvez funcione mais do que se fizer algo concreto, pois sua voz mesmo que ouvida não seria creditada.

É sempre assim né? Reclama-se quando a ajuda não vem, e quando ela vem, não recebe o devido valor e passa-se em branco, como se nada houvesse acontecido.

E assim será, até o fim dos dias, quando for receber-lo sorrindo, e sentir em sua alma que ele não a reconhece mais. Seus olhares irão cruzar-se, corações tentarão conversar, mas ele ainda estará sob o domínio da razão, aquela em que acredita ser real. Algo em sua alma lhe dirá que essa era a voz que ouvia, porém ignorava e abafava sua existência, mas sua razão falará mais alto e dirá que não passa de uma manipulação, que tudo não passa de uma farsa....

Tudo bem, ela o entende, e imagina que, talvez fizesse a mesma coisa em seu lugar. Um dia já fora assim. Faz parte.

Continuará sempre ao seu lado, mesmo que não a perceba. E assim, chora e torce por ti. Fica feliz e triste. Sempre te amando, sempre te protegendo... uma lágrima em uma face e um sorriso em outra... sem cobranças, sem mágoas... Ela é frágil e forte. Meiga e dura. E age sempre na hora precisa. Quem será ela?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A jornada do Ar - parte 4


Era dia de Mercúrio, e faria o encantamento no horário de Vênus, tinha um tempo ainda para descansar da longa jornada. A velha a fizera decorar cada detalhe para prevenir que não se esquecesse de nada.

A lua começava seu ápice, indicando também a chegada da noite. Iluminava o caminho dos que por algum motivo andavam por aquela região. O Ar brincava sorrateiramente, pregando pequenas peças em alguns desavisados. Era engraçado como conseguia observar o elemento unido-se aos outros com muita facilidade. Assoprava a Terra formando pequenos rodamoinhos e saltitava pela água fazendo um fina garoa tocar seu rosto.

De repente, como que caindo de um devaneio, sentiu a falta de um elemento. Que estranho, o fogo manifesta-se a luz do dia, com o calor do Sol. E mais uma vez o Ar soprou-lhe uma lembrança: o pacote que a velha lhe havia dado! Antes de abrí-lo precisava preparar o elemento faltante, e assim, iniciou os preparativos para a fogueira. Precisaria da Terra, da ajuda do Ar e da colaboração da Água, e assim, conseguiu uní-los. E assim, no horário de Vênus, iniciou o ritual.

Seguia os procedimentos que a velha havia passado, e preparou o saco retirando seu nó, que deveria ser jogado na fogueira. e do saco retirou várias pedras brilhantes, e podia jurar que seus brilhos tinham formas definidas, como que símbolos. Pode perceber que seus símbolos apenas se revelavam quando o reflexo da lua unia-se ao alaranjado da fogueira. Aquelas pedras eram especiais. Pegou uma, cujo símbolo parecia um X, finalizou o rito, e adormeceu...

Seu sono foi agitado, em seus sonhos encontrava a velha, que a guiava para um povoado estranho cujas pessoas estava definhando, e suas faces nunca sorriam, e não via crianças. Era como uma aldeia condenada. Acordou antes da velha dizer qualquer palavra, mas tinha seu sorriso em mente.

Abriu as mãos, a pedra que escolhera ainda estava lá, mas sem brilho, estava opaca, e não possuía símbolo algum. Sim, eram pedras realmente especiais. Juntou-as, e colocou-as novamente no saco, sabia quando poderia consultá-las novamente, e as guardou com cuidado junto aos seus pertences. Estava pronta para a partida, a velha havia lhe mostrado o caminho mais uma vez.

Agora, havia encontrado o Fogo, ele mostrou-lhe o caminho da fé.

O que lhe faltava agora?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Devaneio

Passo aqui hoje para deixar algumas considerações sobre uma palavrinha que aparece frequentemente por aqui, mas percebo que muitas pessoas ainda tem dúvidas. Uso-a desde que assisti um desenho, que passava na cultura, chamado a Pedra dos Sonhos. E, talvez, por causa disso, achava que era óbvio que todos a conhecessem.



Pedi ajuda ao dicionário para conseguir um melhor resultado:


devaneio
     (de.va.nei.o) sm. 1. Ação ou resultado de devanear 2. Produto da imaginação; SONHO; FANTASIA; QUIMERA: Ficou deitada na cama perdida em devaneios. 3. Psic. História criada por alguém em estado de vigília 4. Divagação, delírio 5. Esperança vã [F.: Dev. de devanear ou do espn. devaneo. Hom./Par.: devaneio (sm.), devaneio (fl. de devanear).]


Então, sempre que observar o marcador "devaneio", pode ter certeza, foi um sonho acordado. Por isso frequentemente é em terceira pessoa e, às vezes, parece apenas uma história solta. Bem, podia estar solta, mas por algum motivo pesquei em um dos meus devaneios. :D

Beijinhos e bons sonhos!!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Primeiro Portão do Sonhar

E aqui estou de volta com o desafio do primeiro portão do sonhar. O desafio parece simples, quando estiver sonhando olhe para as suas mãos.  :D

Tão fácil quanto encontrar uma nota de 3 reais!! Mas, bem, pense assim, existe uma chance, com alguma disciplina, é totalmente possível e mais importante: Verdadeira. Outra coisa, Castañeda depois de 6 meses tentando achou que era impossível, quando Dom Juan deu-lhe algumas "dicas".

"Claro que é possível. Esse controle não é diferente do controle que temos sobre qualquer situação em nossas vidas cotidianas. Os feiticeiros estão acostumados com ele e conseguem-no sempre que desejem ou precisem. Para se acostumar com ele você deve começar a fazer uma coisa bastante simples. Esta noite, em seus sonhos, você deve olhar para as mãos."

Reli isso na semana passada, e me veio a lembrança das tentivas anteriores, todas em vão. Quase consegui semana passada, como pode ver aqui em O Deserto, mas, admito, foi melhor não ter visto, não creio que tenha amadurecido o suficiente para encarar o segundo portão. Não tenho feito tentativas, e não fui atrás de nenhuma espécie de aprofundamento, apenas com as instruções e explicações de Dom Juan. O primeiro portão significa muito mais do que simplesmente olhar para as mãos. Na verdade, ele explica isso também, diz que mencionou mãos, mas que pode ser qualquer coisa, desde que você tenha consciência do que está fazendo. Essa é a parte que me deixou confusa, pois logo imaginei que consegui, algumas vezes, passar o portão por acaso, sem ciência.

"O primeiro portão é o limiar que precisamos atravessar tornando-nos conscientes de uma sensação particular antes do sono profundo. Uma sensação como um peso agradável que não nos deixa abrir os olhos. Chegamos a esse portão no instante em que nos conscientizamos de que estamos caindo no sono, suspensos na escuridão e na sensação de peso."

Mas se prestar atenção a esse trecho, tem algo além de simplesmente ter consciência do sonho:

"Alcançamos o primeiro portão do sonhar ficando conscientes de que estamos caindo no sono ou tendo, como você teve, um sonho gigantescamente real. Depois de termos alcançado o portão, devemos atravessá-lo podendo manter a visão de qualquer item do sonho."
 E mais ao finzinho do capítulo, o prórpio Castañeda tem dúvidas se chegou ou não ao portão, bom, quem já o leu sabe o quanto ele é questionador.

"— Você acredita que eu realmente cheguei ao primeiro portão do sonhar Dom Juan?
— Chegou, e isso já é muito. Você vai descobrir, enquanto prossegue, como vai ser fácil sonhar agora."

Eu também acredito que ele chegou, mas vou esperar um pouco mais para afirmar definitivamente algo sobre o meu portão.



Caso alguém possua sugestões, serão super bem vindas !!!

Bons sonhos.

sábado, 6 de agosto de 2011

O deserto

Caminhava com uma pessoa conhecida em meio ao deserto. Conversávamos sobre visões, sobre o oculto. Procurava por alguma visão, algum objeto, algo que pudesse focar meus olhos, mas não conseguia ver nada além de areia e sol. Tudo parecia não ter fim, mas não incomodava nem um pouquinho. Por horas, parecia que simplesmente caminhávamos por uma rua movimentada, com prédios altos e pessoas apressadas na calçada, mas sempre que pretendia observar alguma coisa mais a fundo, voltava ao deserto, ao sol.

Estava descalça, e sentia toda a textura da areia, ouvia as palavras daquele que passou a ser minha única referência, lembro-me pouquíssimo de suas palavras, apenas algumas soltas: consciência, caminhar.

Meus pensamentos confundiam-se com as palavras do guia, e a que mais lembro foi quando pensei em minhas mãos, mas não as olhei, sequer fiz qualquer movimento. Nesse momento, percebi que despertei, sabia-me sonhando e de repente, tudo passou a ser muito distante, até abrir meus olhos. Voltava a fechar, com a esperança de voltar ao deserto, mas ele voltou a apenas como uma lembrança, algo como vemos uma foto: não conseguimos entrar nela e vivenciá-la novamente.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Introdução à Arte do Sonhar

E mais um capítulo do projeto "sonhos", separei alguns trechos conforme achei conveniente, e que servirá como preparação as práticas que colocarei em breve.

"Dom Juan afirmava que nosso mundo, que acreditamos ser único e absoluto, é apenas um em meio a um conjunto de mundos consecutivos, arrumados como as camadas de uma cebola."
"Dom Juan explicou que, para percebermos essas outras regiões, precisamos não apenas desejá-las. Precisamos de energia suficiente para agarrá-las."

Castañeda, como já devem ter ouvido falar, teve como guia um velho índio, um "brujo", chamado Dom Juan. Ele tentar explicar a Castañeda como os feiticeiros entravam na segunda atenção e uma das descobertas, era entrar através do sonho. Um feiticeiro conseguia enxergar e assim tornava-se fácil tal  intento, mas, começaram a perceber que algumas pessoas realizavam involuntariamente, sem saber ao certo o que estava acontecendo, e isso acontecia através do sonho. E assim de forma inconsciente, e que muitos normalmente esquecem, não-feiticeiros adentravam outros mundos.

"Dom Juan afirmava que os feiticeiros da antigüidade desenvolveram um conjunto de práticas destinadas a recondicionar nossas capacidades energéticas de perceber. Chamavam esse conjunto de práticas de a arte do sonhar."

"Todo feiticeiro sente. Todo ser humano sente, mas o ser humano médio vive muito preocupado com seus afazeres, para prestar atenção a esse tipo de sentimento."

Acredito que todo mundo sonha, mas poucos tem consciência disso durante o sonho. Desde criança, eu sempre tive essa ciência. Por isso, não tinha pesadelos, se o sonho não estava bom, eu simplesmente mudava de canal. Lembro-me, vagamente, de algumas situações em especial, como quando certa vez eu sonhava que era perseguida, e corria com toda minha força, mas estava sendo em vão, eu seria pega, quando tive um momento de ciência "ei, estou sonhando! Então, vou voar... ". Costumo enxergar meus sonhos em terceira pessoa, como se assistisse um vídeo de minha vida, ou um trecho, e às vezes, atribuo a isso a como minha mente funciona. Pulando de cena em cena, como um dvd, e olha, eu fazia isso quando criança, e o dvd nem era projeto!!

"Custou-me muito esforço e muito tempo compreender o que é a segunda atenção. Não tanto por sua complexidade e complicação, que são realmente extremas, mas porque, assim que voltava à consciência normal, eu achava impossível não somente lembrar que havia entrado na segunda atenção: eu nem mesmo recordava que esse estado existia."

Existem 7 portões do sonhar, e o sonhador precisa abrir todos eles. Eles são os desafios/práticas que estarei postando em breve. Já vou logo dizendo, há um tempo atrás tentei, sem muita disciplina, e fiquei parada no primeiro portão. As coisas pareciam mais fáceis quando era criança. Talvez disciplina ajude, dicas, entre outras coisas. Muito provável que entre um portão e outro, acabe colocando alguma técnica que venha a descobrir, ou que seja sugerida. Por enquanto páro por aqui, e os deixo refletindo sobre o sonhar consciente, e por que pode ser interessante lembrar-se e entender mensagens. E para quem curte, sonhos e devaneios continuarão aparecendo por aqui. Sugestões são bem vindas.

Beijinhos
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