terça-feira, 16 de agosto de 2011

A jornada do Ar - parte 4


Era dia de Mercúrio, e faria o encantamento no horário de Vênus, tinha um tempo ainda para descansar da longa jornada. A velha a fizera decorar cada detalhe para prevenir que não se esquecesse de nada.

A lua começava seu ápice, indicando também a chegada da noite. Iluminava o caminho dos que por algum motivo andavam por aquela região. O Ar brincava sorrateiramente, pregando pequenas peças em alguns desavisados. Era engraçado como conseguia observar o elemento unido-se aos outros com muita facilidade. Assoprava a Terra formando pequenos rodamoinhos e saltitava pela água fazendo um fina garoa tocar seu rosto.

De repente, como que caindo de um devaneio, sentiu a falta de um elemento. Que estranho, o fogo manifesta-se a luz do dia, com o calor do Sol. E mais uma vez o Ar soprou-lhe uma lembrança: o pacote que a velha lhe havia dado! Antes de abrí-lo precisava preparar o elemento faltante, e assim, iniciou os preparativos para a fogueira. Precisaria da Terra, da ajuda do Ar e da colaboração da Água, e assim, conseguiu uní-los. E assim, no horário de Vênus, iniciou o ritual.

Seguia os procedimentos que a velha havia passado, e preparou o saco retirando seu nó, que deveria ser jogado na fogueira. e do saco retirou várias pedras brilhantes, e podia jurar que seus brilhos tinham formas definidas, como que símbolos. Pode perceber que seus símbolos apenas se revelavam quando o reflexo da lua unia-se ao alaranjado da fogueira. Aquelas pedras eram especiais. Pegou uma, cujo símbolo parecia um X, finalizou o rito, e adormeceu...

Seu sono foi agitado, em seus sonhos encontrava a velha, que a guiava para um povoado estranho cujas pessoas estava definhando, e suas faces nunca sorriam, e não via crianças. Era como uma aldeia condenada. Acordou antes da velha dizer qualquer palavra, mas tinha seu sorriso em mente.

Abriu as mãos, a pedra que escolhera ainda estava lá, mas sem brilho, estava opaca, e não possuía símbolo algum. Sim, eram pedras realmente especiais. Juntou-as, e colocou-as novamente no saco, sabia quando poderia consultá-las novamente, e as guardou com cuidado junto aos seus pertences. Estava pronta para a partida, a velha havia lhe mostrado o caminho mais uma vez.

Agora, havia encontrado o Fogo, ele mostrou-lhe o caminho da fé.

O que lhe faltava agora?

2 comentários:

Anônimo disse...

Enfim... estava em cólicas para saber o que tinha no saco. Runas, então... hehehe

Freya disse...

Será ?

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